Número de casos de abuso sexual infantil ainda assusta em Vitória

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O ano de 2015 se encerra com um dado alarmante. Apenas em Vitória, foram registrados 1.050 inquéritos de crimes de violência infantil e, desse total, 80% foram casos de abuso ou exploração sexual. Os números foram divulgados hoje pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Câmara Municipal de Vitoria.

 

De acordo com o delegado titular da DPCA, Lorenzo Pazolini, os casos concluídos resultaram em 60 prisões, “em sua maioria composta por crimes de pedofilia”, destacou Pazolini.

 

“Conseguimos identificar entre os casos que a maior fatia dos inquéritos diz respeito à violência sexual. Apenas 15% são de violência física estritamente. Isso nos deixa extremamente preocupados, porque o abuso sexual deixa marcas indeléveis, que talvez nunca se apagarão. Geram uma marca psicológica profunda”, comentou.

 

Para o presidente da Frente Parlamentar, vereador Davi Esmael (PSB), os números apresentados preocupam. Mas também é necessário avaliar como chegar aos casos não registrados oficialmente.

 

“Sabemos que grande parte das ocorrências não chega aos relatórios dos órgãos de proteção. E a maior arma é a educação e conscientização da necessidade de denunciar”, disse ele.

Redes sociais usadas para o crime

Como desdobramento destes números, a DPCA também destacou que 30% de todos os crimes tiveram seu início por meio do uso da internet, principalmente, através das redes sociais. Isso demonstra o risco a que as crianças estão expostas ao utilizarem a internet sem supervisão dos pais.

“O envolvimento, diálogo e presença da família é crucial. As crianças e adolescentes precisam ter espaço para falar e confiança para expressar situações que estejam passando, e talvez os pais não saibam”, comentou o delegado.

 

Estiveram presentes na reunião o representante do Fórum Aracelli, Bruno Zambon, o secretário de Cidadania e Direitos Humanos, Marcelo Nolasco, a representante do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, Maria Helena Barbosa, e os vereadores Neuzinha de Oliveira, Luizinho Coutinho e Vinícius Simões.

 

Dados apresentados

 

Inquéritos transformados em processos judiciais = 1.050
Prisões = 60
Termos circunstanciados (*) = 824
Atendimentos psicossociais = 1.080
Percentual de violência sexual (*) = 80% dos casos
Agressões físicas = 15%
Crimes facilitados pelo uso da internet = 30%
* Quando envolvem crimes de menor potencial

 

 

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A mesa de debates foi formada por vereadores, secretários e representantes dos Conselhos Municipais da área

 

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O vereador Davi Esmael, presidente da Frente Parlamentar, concedeu entrevistas ao final da reunião para tratar dos dados apresentados

 

2 Responses

  1. Marcos Paulo Gomes Dias

    Parabéns pelo trabalho, meu amigo. De fato esse assunto precisa ser amplamente discutido, principalmente para implementação de medidas mais eficientes para o combate.

    Fico feliz em ver o sucesso lhe acompanhando. Grande abraço.

  2. MARIA HELENA

    PARABÉNS PELAS INICIATIVAS EM BENEFÍCIO DA CAUSA E PELA ATUAÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DA REDE DE PROTEÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
    QUE O NOVO ANO DESPONTE REPLETO DE REALIZAÇÕES E QUE SUA CONTRIBUIÇÃO SEJA SEMPRE UM PRESENTE PARA TRANSFORMAR COLETIVIDADE E A VIDA DAS PESSOAS EM UMA BÊNÇÃO.

    FELICIDADES PARA SUA FAMÍLIA.

    ABRAÇO

    MARIA HELENA FERNANDES BARBOSA
    CONSELHEIRA DO CONCAV – REPRESENTANTE DA SÚDE

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